E-commerce pet tem receita recorde de R$ 4,6 bi

O e-commerce pet permanece surfando na onda e alcança faturamento recorde. As projeções do Instituto Pet Brasil apontam para uma receita de R$ 4,6 bilhões nas vendas online de pet shops em 2023. Os dados anuais ainda não foram plenamente consolidados, mas o cachorro da imagem revela como o setor vem abraçando a digitalização.

O montante corresponde a uma alta de 219% na comparação com o movimento do último ano antes da pandemia. Em 2019, o varejo pet somou R$ 1,4 bilhão no comércio eletrônico.

Faturamento estimado do e-commerce pet
em bilhões de R$

Quem lidera o e-commerce pet?

Mas quem encabeça o avanço do e-commerce pet? O domínio pleno ainda pertence às plataformas especializadas nas vendas online, que respondem por 42% do faturamento do segmento. Mas o Instituto Pet Brasil já prevê que essas empresas saiam do atual patamar de R$ 1,94 bi para R$ 4,5 bilhões até o término de 2024.

A segunda posição no ranking é ocupada pelas megastores Petz e Cobasi, com receita de R$ 1,2 bilhão e share de 26%. Mas os pequenos e médios pet shops figuram em destaque no retrovisor e comercializaram o equivalente a R$ 984 milhões. Clínicas e hospitais veterinários, agrolojas, o varejo alimentar (supermercados e mercearias) e outros estabelecimentos, como clubes de serviços, lojas de conveniência e farmácias, completam a lista.

Market share do e-commerce pet
representatividade em bilhões de R$ e %

Nelo Marraccini, presidente do conselho consultivo da entidade, ainda enxerga potencial de crescimento, a julgar pela tendência de aumento nos gastos com animais domésticos e pela representatividade ainda baixa do ­­e-commerce no volume de negócios do setor – 6,7%. E o potencial das pequenas e médias desponta como principal motor dessa expansão.

 

“Hoje, 80% do movimento do mercado pet é resultante do esforço de empreendedores de menor porte. Poucas dessas empresas, porém, ainda ocupam plenamente o ambiente virtual”, contextualiza.

 

O dirigente, no entanto, prefere adotar a cautela ao projetar o ano de 2024. “As previsões indicam manutenção da prudência no setor. Além das incertezas econômicas que persistem, é necessário ainda avaliar os impactos da reforma tributária”, acredita.