Tratamento humanizado ganha espaço no varejo pet

A maneira que lidamos com nossos bichinhos mudou com o passar do tempo. O tratamento humanizado que dedicamos aos nossos pets também vem sendo refletido pelo mercado como um todo. As informações são do Estadão.

Com o advento dos pets como membros da família de seus tutores, todo um novo leque de empreendimentos surgiu. Esses novos serviços vão de creches a até mesmo padarias.

“O Brasil tem mais pets do que crianças. Se você tem um bichinho você quer que ele dure, que ele viva bem e esse amor abre cada vez mais espaço para novas possibilidades de mercado”, analisa o gestor do segmento de Saúde e Bem-estar do Sebrae, Flávio Barros.

Tratamento humanizado até no paladar

Viver bem passa por comer bem. Por isso o segmento de alimentação para os pets é um dos queridinhos dos empreendedores. O conceito de cafeteria ou padaria pet, por exemplo, veio do exterior.

Fundada em 2015, a Padaria Pet foi o resultado de uma “descoberta” dos irmãos Ricardo e Rodrigo Chen. Em viagem aos Estados Unidos, ambos conheceram o conceito, passaram três anos estudando o mercado e resolveram estrear o segmento em São Paulo.

Atualmente com 25 unidades, a rede atua no sistema de franquias e já se estabeleceu em outras cidades do país. A rede comercializa desde doces e pães para os bichinhos, até mesmo alimentos mais elaborados, como cervejas e risotos, que são produzidos em uma fábrica própria.

Ideia inspirou marcas tradicionais

E a inovação promovida por esses empreendimentos que promovem um tratamento humanizado para os pets levou marcas consagradas do varejo alimentar humano a olharem com outros olhos para esse segmento.

Um exemplo é a Cervejaria Colorado, que lançou uma cerveja não fermentada exclusiva para cães, a Cãolorado.

Festas para pets também são tendência

O tratamento humanizado está presente no dia-a-dia e também nas ocasiões especiais. O buffet Badalacão, por exemplo, é especializado em festas para pets. Segundo Gabriela Carvalho, dona do empreendimento, a procura tem crescido em todas as classes.

“A minha intenção é fazer o mais próximo do humano possível. Eu preciso surpreender o tutor, que quer oferecer esse tipo de experiência para o pet, mas também tento agradar o bichinho com o sabor”, explica Gabriela.

Academias e creches também fazem sucesso

Para Tatiana Nassif, dona da Dog Adventure, houve “uma transformação cultural” na sociedade, o que abriu espaço para novos negócios que ofereçam um tratamento humanizado, como as creches caninas.

O estabelecimento, que fica na capital paulista, recebe uma média de 70 cães por dia e acumula um total de 150 matriculados fixos. O aumento do número de pais de pets durante o isolamento social movimentou esse mercado, em função do retorno ao trabalho presencial.

Outra tendência em crescimento é a de academias para cães, visando uma vida melhor e mais longeva para os pets. “As pessoas querem ficar mais tempo com os bichos e querem eles saudáveis”, explica Lucas Marques, fundador da Dog Sports.