Como garantir uma convivência segura entre bebês e pets

Bebês e pets podem conviver de forma segura e saudável quando há orientação e cuidados adequados. Crescer ao lado de um animal de estimação traz diversos benefícios para os pequenos, como o desenvolvimento emocional, estímulo ao senso de responsabilidade e fortalecimento do sistema imunológico. No entanto, garantir essa convivência de maneira segura exige atenção.

Cuidados importantes na convivência de bebês e pets

Realize limpezas diárias

Segundo o médico veterinário Marcio Mota, responsável técnico do Amarvet’s Hospital Veterinário, é fundamental adotar medidas de biossegurança para proteger tanto os bebês quanto os animais de estimação. A limpeza regular dos ambientes está entre as primeiras recomendações: remover pelos, ácaros e sujeiras de pisos e superfícies ajuda a reduzir a presença de agentes alergênicos.

Além disso, lavar bem as mãos após o contato com o pet — ou com seus brinquedos, comedouros e outros objetos — deve se tornar um hábito diário, especialmente antes de tocar no bebê. Também é importante manter separados os itens dos animais e das crianças, evitando o compartilhamento e a contaminação cruzada.

Atenção com a saúde do pet

Mantenha o calendário de vacinação do pet em dia e realize a vermifugação de forma regular, a cada três ou quatro meses. Doenças zoonóticas, aquelas que podem ser transmitidas dos animais para os humanos, merecem atenção especial. Em casos de sintomas como diarreia, secreções ou alterações no comportamento, é preciso buscar imediatamente orientação veterinária.

Cuidados com objetos do bebê e do pet

Tigelas, brinquedos e outros utensílios dos animais devem ser higienizados frequentemente com água quente e sabão. Da mesma forma, chupetas, mordedores e demais itens infantis devem ser lavados com detergentes seguros e mantidos fora do alcance dos animais. Conforme orienta o veterinário, evitar qualquer tipo de troca ou compartilhamento desses objetos é uma das formas mais eficazes de evitar contaminações.

Medidas adicionais

O uso de capas protetoras em tomadas, barreiras em escadas e produtos de limpeza atóxicos são recomendações úteis para a proteção de crianças e animais. A ventilação adequada do ambiente também contribui para manter a qualidade do ar. Consultas periódicas, tanto pediátricas quanto veterinárias, completam esse conjunto de boas práticas.

Toxoplasmose e gripe canina

O contato direto com gatos dificilmente é a fonte de transmissão de toxoplasmose. O maior risco, na verdade, está no consumo de carne mal cozida ou na manipulação de solo contaminado. Para gestantes, recomenda-se o uso de luvas ao limpar a caixa de areia e a higienização rigorosa das mãos após o contato com o animal.

No caso dos cães, muitos tutores ainda têm dúvidas sobre a gripe canina. O veterinário explica que os vírus que afetam os cães não são transmitidos para humanos. Ou seja, gripes e resfriados não passam de pets para pessoas e vice-versa. Ainda assim, ele reforça a importância da vacinação e alerta que sinais como secreções anormais, febre persistente e dificuldade respiratória devem ser investigados por um profissional.